Entre a verdade e o rock inglês

Consumo: Tenho todas as máscaras de cílios que cometei num post abaixo. A Colossal e a Falsies comprei. A One by One, ganhei de presente de uma cliente, não é uma graça ela?  Todas as máscaras são ótimas, mas a Falsies é a minha predileta, o efeito é realmente bom. Geralmente uso uma camada de Colossal e uma de Falsies.
CINEMA: Tô pasma que fiquei sabendo que o filme "Namorados", nome original Blue Valentine, vai estrear aqui dia 10, eu já vi esse filme há tanto tempo que nem me lembrava mais dele. Me abstenho de dizer se vale a pena assistir.

LITERATURA: Tô lendo "Movimento Romântico" de Alain Botton. E tô meio pasma também porque a personagem principal do livro PENSA e SENTE as coisas como eu. Isso é possível? É sim! Logo mais posto trechos do livro. É ótimo, recomendo.

MÚSICA: "Descobri" a banda Lívia e os piá de prédio (daqui de Curitiba) e se eu acreditasse nisso, chamaria de paixão a primeira vista.

" E é estranho que no meu exílio voluntário
  As coisas que afastavam
 Agora façam o contrário
 É estranho que eu odeio tanto
 E que eu ame tanto nesse mundo
Desculpe eu te colocar no meio disso tudo".

Exílio - Lívia e os piá de prédio


Dia 9 de junho: a Banda mais bonita da cidade
Dia 9 de julho: a banda mais feia da cidade - PELEBRÓI NÃO SEI.

Eu sou um paradoxo, percebe-se pelo meu gosto musical.

;)

Uma canção pra me ninar acordada

Enquanto escuto o novo cd do Marcelo Camelo, sinto uma vontade enorme de te ligar. Mas já são mais de três da manhã, você acorda cedo, já esqueci que eu também. Ele declama – Meu amor é teu – e era isso que eu queria te dizer. Difícil, bem difícil. Eu que guardo tanta coisa pra falar, direto pra você, eu que já não falo que existe a gente, não conjugo verbo algum na terceira pessoa do plural. Eu que não sei amar, queria justo agora às 3h15 dizer que te amo.

Mas vou calar, deixar essa verdade guardada no silêncio da madrugada, deste dia que é tão especial pra você e pra mim. É sempre assim que me refiro, sempre pra lembrar que somos dois, e não um só, como podem supor os mais românticos. Quanto tempo faz? Poucos meses no calendário. Dentro de mim, uma nova vida. A maturidade emocional, talvez. Ficou pra trás toda aquela mágoa, aquela dor, eu deveria te dizer isso tudo, não digo. Você sabe ler nas entrelinhas, sabe que se chegamos até aqui (eu e você, e não nós) é porque faço continuamente um pacto com o dia, que seja doce, que eu permita que seja doce, sem medo de que tudo desande,e o amargo das lágrimas cheguem. Que o doce queime e amargue. Que esse mel nunca fenecerá, já cantou Camelo, um dia, se não assim, bem parecido.

Eu não ligo, eu não escrevo, e deve ser porque eu sinto tanto, tanto que não dá pra dizer, escrever. Se é amor? Pra que rotular? A maioria dos que dizem amar, nem sabem o que isso significa. Deixa rolar. Eu já soltei a direção de mim há muito tempo, eu já nem sei a direção em que caminho, só sei que do meu lado está você segurando minha mão. E mesmo que a gente não saiba exatamente aonde vai, estamos indo, juntos. Caminhando na mesma direção. E quando o fim chegar, porque ele sempre chega, que haja algo bem bonito, pra você e pra mim. Não diz que é triste pensar assim, triste é esquecer que o fim sempre chegar e sofrer quando ele dá as caras.

Feliz aniversário, eu poderia te desejar. Te mandar num sms’s logo pela manhã, às 6h pra te acordar. Mas feliz aniversário de quê? Não sei, e já começo a achar que a gente precisa conversar. Agora ele sussurra “triste é viver só de solidão”. E deixo pra depois essa conversa, e te escrevo apenas: Bom dia, que este dia seja tão especial como há 6 meses atrás. E durmo tão feliz e ansiosa quanto há 180 dias passados. Eu não sei mesmo me controlar. Camelo me nina com versos “e vai sobrar carinho se faltar estrada”.

Me resumi

Queria dizer que não sou triste, só penso um pouco demais.



A balada da contramão

Canção é por você que já cansou de acreditar
Esteve vivo sem viver, mas não deixou de escutar
E que assim como eu esperou, mas correu pro dia em que alguém ousasse entrar
Fosse na contramão, na sua estrada sem chão
Descansasse a vista pra então habitar
Habitar, habitar
Eu vou tentar mais uma vez
Por quem não pode mais tentar
Sair à noite por aí com pouca história pra contar
Pra quem assim como eu esperou, mas correu pro dia em que alguém ousasse entrar
Fosse na contramão, sua estrada sem chão
Descansasse a vista pra então habitar
Pois assim como eu esperou, mas correu pro dia em que alguém ousasse entrar
Fosse na contramão, sua estrada sem chão
Descansasse a vista pra então habitar, habitar.

Essa música me diz tanto que nem sei


Esta Música Me Diz Tanto Que Nem Sei Como Não Tem Meu Nome

Dance Of Days

Composição : Nene Altro
 
Não é pedir demais querer ficar em paz,
Trancar as portas e dizer pro mundo que morremos.
Fica então aqui, que é tão ruim estar assim
E eu já não quero mais silêncio.
Aumenta o som que essa música me diz tanto
Que nem sei como não tem meu nome.
Sou uma criatura estranha, com uma solidão tamanha,
Daquelas que sempre tem que estar perto de alguém
Pra conseguir ficar bem, e que quando não tem ninguém faz manha.
São paulo é assim, mas acho tão bom dormir
Ouvindo a chuva na janela e embaixo das cobertas.
Então me abraça que é só você que eu quero
E eu quero ser tudo pra te ver sorrir.

Eu cresci assim, menino genioso e impulsivo,
E acho que gosto desse meu jeito.

Uso as mesmas camisetas, sempre tenho mil problemas
Nunca escondo meus defeitos.

Sempre ligo pros amigos quando me sinto sozinho,
Mesmo sem nada pra dizer.
Sempre digo que consigo e as vezes até acredito.
E as vezes até que me dou bem.
E hoje eu só quero ficar com você,
Aqui mesmo em casa vendo tv.
A gente faz graça sobre nossos planos
E enganos desses trinta e poucos anos.

Corro o risco de encontrar a palavra certa (EH)

Sabe quando você dorme com um sorriso no rosto, mas acorda numa vibe "Pra que existir?" Hoje foi assim e nem no trabalho, nem em casa quiseram me provar o contrário. A propaganda da coca hoje não valeu só encontrei gente tralha. Mas né?

Pior é meioq ue não entender essa vibe, e não encontrar uma trilha pra ela. Nem Los Hermanos, nem Dance of Days, nem A Banda mais Bonita da cidade, nada disso explica, ou exemplifica o que tô sentindo ou o meu nã-sentir.

Até que:

encontrei a música qu etem o clima, não necessariamente a letra, mas o clima do meu estado emocional de hoje. Segue uma música famosinha do Engenheiros, que na minha visão é tipo Los Hermanos NUNCA vai ter outra banda igual ou mesmo parecida.




Mas o dia dos namorados está aí, data cute-cute apesar da origem comercial e capitalista, e eu achei esse vídeo lindo, não deve ser difícil acertar qual casal é o mais lindo pra mim!!! =DDD




Deixa

Deixa eu te curar, não como um remédio ou um placebo
mas como seu novo vício.

Luana Gabriela
20/05/2011

Essa é a última oração

Oi.

Sei que está saindo agora da terapia, que passou uma hora falando sobre como te irrito, como sou diferente de todos que você já teve, como não sabe lidar comigo. Sei que rindo pede a sua terapeuta pra te avisar quando, no próximo relacionamento, você estiver cedendo demais, ou sendo rígida demais. Ela diz que não vai avisar, você pede quase implorando pra que não a deixe cometer os mesmos erros, que te diga mesmo subliminarmente: Pode ser assim: “mas você não acha que está agindo da mesma forma que tal pessoa?”, alguém que você muito criticou por ser tão submissa. Sei que não esperava esse email agora, sei que o espera há tempos. Sei que está lendo Gabito Nunes, e que meu toque, um SMS avisando do email, interrompeu alguma da Carla Brunni tocando no seu fone de ouvido, rumo ao Café mais próximo.

Sei que você já deve ter tirado da lista de reprodução automática todas as músicas que faziam parte da nossa trilha. Sei que depois do café vai pra casa, toma banho quente, deseja mais café, recua porque todos no trabalho dizem que você anda tomando muito café, ansiedade você pensa. Eu diria que é carência do meu gosto, que você fica buscando um gosto ainda mais forte que o meu. Sei que decide deitar cedo, pra não se atrasar amanhã de novo. Sei que continua a leitura de “Amanhã seguinte sempre chega”, que lê um texto e pensa em mim. Decide então ligar praquele seu amigo, que nunca me suportou. Lamenta que ainda pensa em mim, ele diz que você deve esquecer e abrir a mão pro que há de vir – ele te conquista mesmo citando Los Hermanos? Você diz que está esquecendo, porque a gente sempre sabe que está esquecendo, e você cita Caio F. Diz a verdade você acha que não valho a pena porque ainda não decorei nenhuma dessas frases literárias impactantes em tua vida? Ou é porque eu nunca disse que te amo? Essa é a coisa que não sei.

Mas sei que depois de desligar o telefone, apaga a luz e pensa: Será que era mesmo amor? Mesmo que a gente nunca tenha dito. É que não consegue acreditar que o fim chegou por não sabermos explicar como começou. Como contar “Mãe, este é meu namorado” e seis meses depois dizer: “Mãe to saindo, hoje fazemos um ano”. Eu não sou seu ex. Não vou te pedir pra ser melhor amiga da minha irmã, nem te comparar compulsivamente com minha mãe, eu não quero aquecer meus pés no teu, com meias. Eu quero nossos pés, misturando o suor do dia que passou e só então tomarmos banho, juntos. Eu não quero você homeopaticamente, eu te aceito com lençol de motivo infantil enrolado no corpo domingo à tarde, dizendo o quanto televisão é podre e sugerindo ver algum filme indie que você descobriu por meio de sei lá quem.

Sei que gosta disso, ficar em casa o fim de semana todo juntos, brincando de casal maduro, só que sem contas pra pagar que você ainda não ganha tão bem. E eu nem tenho emprego. Ah! Já sei então é isso, minha instabilidade financeira? Eu nunca achei que você fosse dessas, se for isso melhor dizer logo, que eu economizo na internet e vou praí te ver – cito Los Hermanos, e agora? Vai dizer que ainda não sirvo? Você diz que amor não é isso de servir. Mas e nosso abraço que desce ajustado? Cito Carpinejar e já não sei mais o que fazer pra você entender que não sou como os outros. Sou homem, imperfeito e erro, mas tenho uma vontade gigante de fazer a gente dar certo. Se o problema era o lado financeiro, nesse mês fui promovido, dizem que me dediquei demasiado ao trabalho, como nunca até então, e se é por que eu nunca disse, não seja mais por isso, te busco amanhã (hoje) pra almoçarmos juntos e pra eu dizer que Amo Você. Se é que ainda é preciso.

Beijo, do teu.

Ao meu ex-namorado

Acabou. Exatamente como acaba a maioria das relações, silêncio pré-término, e muito barulho pós-término. Não sei quais foram suas razões pra dar fim ao que não deveria ter começado. Mas vá lá, eu não tenha dado tudo o que você queria. Só queria dizer que você também não me deu. Passei meses acreditando que deveria te dedicar toda a minha vida porque você me deixou habitar no teu mundo estranho. Te dediquei horas dos meus dias, recebendo minutos da sua semana. Te parece justo?

Te dar tudo que eu podia, para receber tão pouco, mas tudo o que você queria me dar, não podia me deixar satisfeita. Você sempre disse que eu queria mais e não nego. Queria mais de você, mais de nós dois, mais romance e menos piadas, eu sei é lindo um casal compartilhando bom-humor, mas faltava romance, cuidado. Ah, é. Você disse que cuidava de mim, quando eu estava com você. Quantas vezes num mês mesmo? Três? Ah, eu precisa mais, como eu sou injusta, não? Querer mais diálogo, mais carinho, mais atenção, você não sabia nem qual é meu chocolate favorito. Você sabia de mim o que te interessava. O nome, o telefone, quê mais? Ah sim! Que eu te amava, que mudei caminhos pra te ver, resisti medos pra te aceitar, fui cedendo tudo e um pouco mais, eu só queria te fazer feliz, cara.

Mas aí, não deu. Te fazer feliz estando triste, é pior que uma solidão sincera. Estar com alguém e mesmo assim me sentir só, não era o que eu queria. Quantas vezes guardei novidades porque você nunca perguntava como eu estava? Quanto tempo eu quis ouvir tua voz me desejando boa noite, mas sem ter coragem de ligar, invadiria teu espaço.

Acabou. Não é exatamente uma novidade. Eu sabia que esse dia chegaria. Só não pensei que fosse tão certo pra mim e pra você. Você colocou o ponto final, porque eu ia levando essa relação com reticências e exclamações, de dor. O silêncio ao teu lado nunca foi confortável, era aquele silêncio que espera a qualquer momento a palavra final. O Acabou.

Acabou, como acaba a maioria das relações de hoje em dia. Bem vindo ao clube, ao meu passado, a lista dos ex-namorados, ao mural imaginário dos que não souberam se deixar ser feliz. Eu não podia mesmo carregar essa responsabilidade, de te acordar pro amor, de te fazer sentir, se doar, querer, desejar. Era muito pra mim. Eu já carregava o peso de ter de ser feliz sozinha, de ter de me cuidar pra não sofrer de novo, de viver tudo na superfície, mas sou profunda demais pra você que tem um mundo tão pequeno. Caímos e demos com a cara no chão. Seu mundo não é pra mim, meu mundo é muito além. O mundo do amor sem limites. Conhece?


Luana Gabriela
18/05/2011

Então...Desabafo

Sabe quando você tem MUITA coisa pra falar e não rola escrever sobre e muito menos falar sobre com as pessoas porque é delas mesmo que você quer falar? Então. Sei que gente chama um de otário e tá fazendo papel igual ou pior que o outro. Sei que tem gente que se diz seu amigo, te magoa e jura que não sabe o que aconteceu pra você ter virado a cara pra ele, e pior ainda acha que você está sentindo falta. Queridos, não sintam.

Tem horas que a gente precisa se render a coisas e conceitos que vão totalmente ao contrário do que cremos e interiorizamos nossa vida inteira. A sociedade nos corrompe. É fato. É triste. É inevitável. Porque é valorizado no trabalho quem mente pro cliente, quem critica trabalho do colega, quem quer roubar lugar e faz de tudo por isso, menos trabalhar bem e honestamente. Porque em qualquer lugar do mundo vale mais uma boa aparência (pessoa magra) que QUALQUER outra característica da pessoa. Gente, quem é que quer viver mais num mundo desses? Quem?

Calma, não vou me matar. Embora eu morra todo dia um pouquinho por ter de me render a esses conceitos e valores, porque eles entram na sua cabeça de um jeito que óh, não sai. Não importa se você é feliz sozinha, se não liga em trabalhar mais de 12 horas por dia, ter 3 empregos e não estar rica, se não se importa em estar acima do peso, eles vão te dizer que você não é nada se não ganhar muito, pesar pouco e se importar menos ainda com o sentimento alheio. Porque se eu fosse como umas e outras não estaria sozinha, aliás eu não teria ficado nem um mês sozinha desde o término do meu último relacionamento. Mas não, eu fui dizer que queria mesmo era ficar sozinha e fui taxada de ANTICRISTÃ, porque DEUS disse que não é bom que o homeme viva só. Aí respondi bem grossa e fui taxada de mais anticristã ainda. WHATEVER.

Porque eu prefiro estar sozinha do que em relacionamentos falcatruas como está a maioria dos meus amigos. Sendo enganados por rostos e corpos bonitos e achando bom ainda. Chego a  conclusão de que merecem quem tem. Pra alguns eu não estarei mais pronta para recebê-los quando as ilusões deles acabarem, já pra outros eu estou sempre aberta pra receber quando o mundo deles desmoronar. Não que eu queira isso, mas é inevitável.

PS:

1) Acabei falando parte do que eu disse que não dava pra falar e escrever - minha sorte é que esse blog não é lido! HA HA HA
2) Meu post ficou estilo da Patrícia do Te amo, porra! Mas né? Me compadeço.

Nem ligo, esse blog é uma bagunça mesmo e é meu, eu que mando. HAHAHAHHA


Insaciável

Chove. É domingo. E não sei exatamente o que sentir. Toca “she will be loved”, você está na cozinha preparando algo para o almoço. Eu na sala, lendo Gabito Nunes. Você e ele me despertam apetites e fomes insaciáveis. Ele de literatura contemporânea, você de algo muito mais complexo.

Eu sinto fome de olhares desconcertantes, de brincar de brigar, de cenas dramáticas nas nossas despedidas, de beijos doces, do seu calor no meu sofá. Leio Gabito e penso que você não é assim. E eu sou demais. Muito lirismo pra pouco sentimento, eu penso. Faz quanto tempo? Seis meses, e nenhuma vez pronunciamos a palavra amor. E suas derivadas frases: eu te amo, amo você, meu amor. De fora talvez pensem que somos mais conveniência sentimental que qualquer outra coisa.

De fora. Porque aqui dentro uma avalanche de emoções me sufoca, eu tento me levantar e me recuperar do impacto de ter caído tão fundo e tão rápido no teu abraço. Mas eu não me recupero. Estou cada vez mais sufocada por teu perfume entorpecente, por teu peito que me abriga, por teus lábios que me secam as lágrimas, por tua boca que me alimenta. Tão intenso é isso, que te olho de longe, experimentando o tempero do molho, e tenho vontade de correr pra qualquer lugar que seja longe o distante de você, que eu não consiga experimentar a sensação de querer e ter. Estranho, eu sei.

Já falei de avalanches, temperos, e nada diz exatamente o que eu queria dizer. Que sinto falta do teu beijo, da tua voz em meu ouvido, de teus dedos me dedilhando, de teu braço me protegendo, de teu peito como travesseiro, de ter você no meu sofá, enquanto me arrumo pra mudar de casa, e morar em você. Eu sinto cada vez mais fome do que você me dá. Se existe obesidade sentimental, me coloquem na fila do SUS para a cirurgia de redução, estou morbidamente insaciável de você.

Luana Gabriela
15/05/2011

Mais uma vez

Estou pensando em te ligar. Mas apaguei seu telefone de todas as minhas agendas, não será possível. Você ligou esses dias, na minha casa. Sem nem saber se eu estaria lá naquele horário. A gente falou sobre tudo, inclusive a gente. A possibilidade de um Ap só nosso. Você disse que teríamos de casar, eu rejeitei a ideia. O tempo em que eu gostaria (e muito) de casar com você passou há pelo menos seis anos. E nesse tempo muita coisa mudou, menos nós dois juntos.

Da última vez que saímos, segundo você, assistimos um filme super bonito. Eu não me lembro, e você se chateou por isso. Em silêncio eu me questionei: por que é que eu ainda insisto em te procurar quando minha carência aperta? E por que você está sempre tão disponível? E por que eu nunca aceito que você me leve até em casa, e vou sozinha, enfrentando o medo que sinto da noite, da rua, da solidão? Por que eu não nos deixo existir como tanta gente já supôs todo esse tempo? Por que me pergunto tudo isso agora? E por que em todo esse tempo você não teve mais ninguém?

Eu não preciso mais do que isso, que a gente já tem, embora eu queira mais que isso, às vezes. Não sempre. Hoje eu queria te ligar, falar que eu aceito ir com você naquele festival de música, dizer que você pode me trazer pra casa, que tudo bem eu aceito suas condições (aquelas que você quis me impor há cinco anos, e eu disse não), porque agora elas também são as minhas condições. Eu ia dizer que vamos ao cinema e que eu não vou mais esquecer nenhum dos filmes que a gente for ver. Eu queria te ligar, eu queria talvez, começar tudo de novo. Queria entender essa relação inexistente no campo prático e duradoura na possibilidade. Queria acabar logo com isso, dando certo ou não. Mas eu apaguei seu telefone, e você só vai me ligar no meu aniversário, em dezembro. Até lá estou presa na possibilidade de você, o que nunca me impediu de considerar outras possibilidades.

Meu telefone toca, não é você. Atendo e digo sim. Você vai ter de ficar pra depois, de novo.

Luana Gabriela
09/05/2011

Seu lindo

Nunca sei o que fazer numa situação dessas

Tá frio na rua. Marcamos um cinema, antes pousamos num café de título francês e acabamos ficando por lá tempo demais. Você pediu um capuccino sem chantilly, mas veio com chantilly. Sempre vem com chantilly, você diz. Não é garota de chantilly. Eu peço um expresso duplo. E depois outro. Aí mais um. Você mexe a colher na taça lentamente, falando sobre uma tartaruguinha de estimação que supostamente fugiu. A gente ri. Seu nariz tá vermelho. Eu tô nervoso. Mais um expresso, moça, por favor. Obrigado. Me chama de cavalheiro. Tomo como elogio, meio sem saber se é bom. Penso que é. Penso.

Você olha muito pros lados e isso me deixa um pouco inseguro. A janela, o caixa, os doces na vitrine. E diz que meu olhar é penetrante, dá um pouco de vergonha. Que nada, é o frio. Você diz que gosta de sair comigo, dar voltas na cidade, sei lá. Eu sei escutar, não sou como aqueles caras. Não sei que caras são esses, mas concordo. Estou calado justamente por estar nervoso. Aqueles caras ficam nervosos? Eu fico. Você sorri pra mim e desvia o olhar antes que eu tenha um AVC bem na sua frente. Aí gosto mais de você porque acaba de salvar minha vida.

Um silêncio constrangedor paira entre aquele "eu sei que você sabe que estou a fim de você tanto quanto sei que você sabe que está a fim de mim". Permanecemos quietos, fingindo que ninguém anda louco pra ficar bem agarradinho de outrem. Mas até o padeiro na cozinha sabe. Aí lembro daquela do Los Hermanos. Canto ela um pouco, baixinho, fitando nada. Você grita que adora essa. Eu me assusto. Não por gostar dessa, mas pelo grito. Eu já sabia. Agora vai lembrar de mim sempre que escutar. Ou seja, quase sempre. Aí eu canto como quem não quer nada, querendo tudo "...até quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei...". Você finge não entender.

Não temos grana nem intenção de ir a lugar algum. É noite, tá frio. Saímos pela calçada com a música na cabeça. Com a voz catarrenta você segura o poste que indica a rua José do Patrocínio e grita alto "...e ir onde o vento for que pra nós dois sair de casa já é se aventurar!" Uma senhorinha olha e te acha doida. Você rodopia no poste. Linda e abobada. Eu esqueço um pouco que caminho nervoso pela noitinha. Você também tá nervosa, mas disfarça com esses berros. Ou talvez seja apenas eu. Vou levando você pra casa, sem intenção de subir escadas, além das suas.

Eu apoio as costas na parede fria, com as mãos no bolso, me achando eloquente. Você rodopia agora o chaveiro. Você gosta de rodopiar coisas, constato. Resiste em penetrar a fechadura. Espera que eu entenda esses signos femininos, mas eu tô nervoso demais pra captar o óbvio. Um sentimento estranho de que aquilo acabe logo. É uma tortura. Não como aquelas torturas com arame temperado a fogo, mas ainda assim. Ok, então tá, eu digo. Então tá então, você diz. Você se despede beijando meu rosto. Ninguém nunca beijou um rosto por tanto tempo. É meio que um recorde. Fico pensando asneiras quando assustado. Aí você fica na ponta dos pés e me enfia a língua, como se isso fosse coisa de menina desde, sei lá, o tempo dos hominídeos.
Você enfia agora as mãozinhas nos bolsos da jaqueta que me deixa parecido com o Richard Ashcroft (ao menos eu acho). Percebo também que gosta de enfiar coisas em lugares. Diz querer continuar quentinha. Não fica bem eu subir, sei disso. Ficamos ali passando um pouco de frio e perigo. Não é confortável ali. Isso me deixa triste, você precisa logo entrar. Foi divertido. Você sorri gostoso. E pergunta se também senti borboletas no estômago. Claro que sim. Eu comeria até baratas por você, exagero. Mas é sério mesmo. Você diz "ui, que nojo" rindo. E diz que gosta de mim, faço você rir.
Merda. O relógio é tipo um assassino do amor. Você me diz pra não falar palavrões. É feio e minha boca é tão bonita. Entendo que minha roupa é tão bonita (essa jaqueta realmente me deixa foda). Não, não. Boca. Lábios. Eu beijo mais uma vez, aquecendo suas orelhinhas. Você diz que queria ficar mais tempo. Eu digo que vou ligar. Você diz que tudo bem, não precisa. Mas eu quero. Eu nunca sei o que fazer numa situação dessas. Quanto tempo espero antes de ligar? Vou embora alegre, pensando em você e bolando um jeito de não mais falar palavrões. Porque nunca mais quero ter de lavar a boca.

***
(Para Valéria)

Por Gabito Nunes, originalmente postado em CARASCOMOEU


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Eu li esse texto e me vi, pela primeira vez não como a pessoa que escreve, mas como a pessoa que é descrita. Essa personagem tem muito de mim e das minhas atitudes num início de relacionamento, mesmo que ele seja curto. Eu me li e me achei bonita e divertida! Além é claro do narrador-personagem também ser parecido com meu atual flerte, fatal! hahaha Gabito Nunes, tem sido pra mim um Caio F. da literatura contemporânea. Foda, e eu nem falo palavrão!

;)

Máscaras - Futilidades

Usar máscara vicia. Digo a máscara para cílios, que na outra não sou chegada! Acho que usar rímel faz uma diferença GIGANTE no visual. Há alguns anos já não fico sem, e uso sempre a Volum Express da Maybelline, da embalagem azul escura. Há alguns meses "descobri" a Colossal da embalagem amarela, já achei um luxo porque embalagem amarela não é pra qualquer produto hein, amarelo com roxo então! Aí que fui procurar nessa cidade dita capital e CHEIA de loja de cosméticos e nada. Achei na Renner, mas tava bem mais cara que o normal, não comprei. Pesquisando, descobri HOJE duas outras novidades da marca quando o assunto é rímel. A Falsies - que na minha visão tem o melhor efeito EVER, e a One by One, que é inovadora. A Falsies tá pra ser lançada por aqui em breve, já a One by One não tem previsão de ser lançada no Brasil.

Fato é: eu não preciso de mais três máscaras de cílios porque já tenho, uma do boticário, uma da maybiline e uma super extend da Avon. MAS, QUERO a amarela, a roxa e a vermelha da Maybelline. Sei que a One by one já está literalmente voando ao meu encontro. As outras tenho que esperar chegar por aqui mesmo. Vou colocar abaixo fotos de cada uma.


Quero por causa da cor da embalagem - Sou fútil?


Quero por que promete efeito "cílios postiços", e pelo que observei de quem já testou cumpre o prometido. Sou ingênua, acredito em promessas????


Quero porque tem um aplicador bem diferente, a embalagem é diferente e porque não é fácil de conseguir. Gostou de coisas diferentes e difíceis, que não se encontra por aí. Tipo homem bom! hahahaha


A mini reforma, que na verdade é só uma realozação dos móveis e da decoração do meu quarto-escritório começa essa semana, #ansiedademodeon!

Comprei aqueles adesivos pra unha inteira - Tenshi. Mas ainda não tive tempo de usar. Quando eu colocar posto minhas impressões.

Momento Intelectual: Ontem fui procurar uns casacos e botas pra comprar, não achei nada que me cativasse. Resolvi dar uma volta na livraria E: biografia Clarice, estava por quase 26,00 ; o livro com o nome mais fofo da atualidade "Um grito de amor no centro do mundo" por 29,00 e o livro que eu quero há mais tempo "Desculpe se te chamo de amor", não baixa de preço, tá 40,00 faz uns 18 meses. Fiquei um tempão andando com os três na mão, e aí pensei: comprei pelo menos uns 6 livros no último mês E não li NENHUM. Aí também não comprei nenhum.

Desejo de consumo: Perfume Egeo Choc lançamento do Boticário, sai dia 9. Dia 9 comprarei o meu. Embalagem linda!



Quero porque é novidade, bonito e parece gostoso! Identifico a descrição com outra coisa, mas tudo bem =D
Só falei do que não comprei, vamos ao que comprei: DVD 500 dias com Ela; e DVD Apenas o fim. O primeiro é especial porque assisti com alguém especial top na escala de pessoas especiais, além de ter uma trilha que me lembra a mesma pessoa. O segundo é um filme indie/nerd brasileiro, com trilha de Los Hermanos. Assisti com alguém que foi muito importante e que hoje não passa de uma lembrança, mas vai ser sempre uma bela história pra contar. O filme e a da pessoa.

PS: adoro postar coisas fúteis.

Eu com medinho de uma certa situação disse: Medo de perder. E ele me responde: Não vai perder. Me perdeu em todo esse tempo?  (Luana em Silêncio, só lembrando que não, que ele SEMPRE esteve ali, mesmo longe, perto)

Existe a possibilidade de eu postar algo sem falar de amor, relações e papos relacionados?



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