Do mesmo

Eu queria te escrever. Embora não saiba exatamente o quê. Quem sabe te contar que não tenho comido, mas que o café já acabou. Que não tenho sentido muito aquelas borboletas do início, em compensação tuas palavras ainda ardem em meu peito, minha face. Não houve lágrimas, também não houve sorrisos. Não houve gritos, mas silêncios também machucam.

É que eu sou isso tudo que te disse desde o início, e você não acreditou. Queres que eu seja menos dramática, consequentemente serei menos poética. Te expliquei que poesia e dramaticidade fazem parte de um todo só: eu = sensibilidade. Tanto o humor, que você  aprecia, quanto a poesia que eu aprecio, nascem do exagero, dos excessos.

O amor também, nasce e morre dos excessos. Nasce do excesso da falta. E morre do mesmo mal.

Luana Gabriela
05/08/2010


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